Hidromel Doce + Melomel de Mirtilo
- Vinicius Vicente
- 18 de out. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 20 de jan. de 2023
Voltamos com mais uma receita de Hidromel, da última vez fizemos uma seca, e adoçamos parte dela para chegar em uma média. Dessa vez a gente quis fazer o nosso Hidromel preferido, o Hidromel Doce! Bem licoroso, com um aroma incrível de mel de laranjeira, bem docinho, com mais de 15% de álcool, mas ainda bem equilibrada. Nosso foco foi usar apenas mel, água, fermento e um pouco de nutriente.
Ainda no final separamos parte desse hidromel, e deixamos ele envelhecendo com um pouco de mirtilo, e o resultado foi incrível, não só na cor, mas também nos aromas e sabores.
Então vamos lá para a receita, do que foi o melhor Hidromel que já fizemos!

INGREDIENTES:
3.4 - 4.1 kg de mel de laranjeira
7.5L água
Fermento Mead Mangrove Jacks
Nutriente do tipo DAP
250g Mirtilo (caso queira fazer 2L de Melomel de mirtilo)
EQUIPAMENTOS:
INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
Hidromel Doce:
Densidade Inicial: 1127.5
Densidade Final: 1012
Álcool: 15%
Melomel Mirtilo:
Densidade Inicial: 1127.5
Densidade Final: 1010
Álcool: 15.5%
MODO DE PREPARO:
Sanitização:
O primeiro passo é a sanitização de todo o equipamento. Existem vários produtos no mercado para essa finalidade, nós usamos o PAC200. Seguimos as instruções e sanitizamos tudo o que entrou em contato com os ingredientes da bebida.
Preparando o mosto:
Começamos aquecendo a água a 40ºC. Colocamos o mel no balde fermentador e despejamos a água quente por cima. Fazemos isso para ficar mais fácil de misturar o mel na água, pois em temperatura ambiente pode ser bem difícil e ficar uma camada de mel mal misturada no fundo.
Misturamos e mexemos bastante, por volta de 10 minutos, para dissolver bem o mel e já introduzir oxigênio dentro da bebida, que é importante para os estágios iniciais da fermentação.
Medimos a temperatura e deixamos chegar de volta a 20ºC.
Nesse momento tiramos uma amostra e medimos a densidade inicial, onde tivemos pouco mais que 1127.
Depois disso adicionamos o nutriente DAP, misturamos bem, e adicionamos o fermento por cima até ele hidratar. Depois misturamos bem e fechamos com um airlock.
Fermentação:
Agora seu mosto já vai começar a fermentar. Coloque o balde em um local escuro, fresco e arejado. O nosso já começou a borbulhar no dia seguinte.
Acompanhe o airlock uma vez por dia. Uma técnica legal é agitar o balde a cada 2 dias aproximadamente, para o gás sair do líquido e revirar o sedimento de fermento, ajudando na fermentação.
Com o tempo, você vai reparar que cada vez menos bolhas vão se formando.
Quando notar que as bolhas pararam de surgir, chegou a hora da segunda medição. O nosso levou aproximadamente 3 semanas.
Trasfega:
Depois de 3 semanas, reparamos que as bolhas já tinham praticamente parado, então decidimos abrir e medir para fazer a trasfega.
Depois dessa fermentação inicial tivemos uma medição de 1020, e como sabemos que nosso fermento aguentava até 18% de álcool, sabemos que ele ainda podia fermentar bastante.
Então fizemos a trasfega para vidros menores com a ajuda de um sifão, tentando não puxar o sedimento de levedura morta. Nesse momento percebemos que tínhamos 2L sobrando e que podíamos colocar um pouco de mirtilo para terminar de fermentar junto.
Então com o hidromel e melomel com mirtilo transferidos, fechamos com airlocks e deixamos terminando de fermentar e já envelhecendo um pouco.
Envase:
Depois de quase 3 meses, já com a certeza de que a fermentação havia terminado, abrimos os jarros e medimos a densidade. O hidromel doce terminou com 1012 de densidade, dando 15% de álcool, e o melomel de mirtilo com 1010 (15,5%).
Envasamos nas garrafas com a ajuda do sifão, e tomando cuidado para não puxar o sedimento deles.
Envelhecendo a bebida:
Mesmo depois de todo esse tempo, essa é a hora mais difícil. Você quer guardar essas garrafas e deixar elas alguns meses descansando antes de começar a beber. Claro que isso é quase impossível, eu sei. Mas a melhora é nítida, os sabores arredondam, o álcool fica mais agradável, a bebida fica melhor no geral.
Considerações finais:
Não conseguimos esperar e experimentamos, como podem ver no vídeo, e sem dúvidas foi o melhor hidromel que fizemos até hoje. Mal podemos esperar até ele envelhecer melhor e vermos como ele se desenvolve.
Um agradecimento especial ao livro “The Compleat Meadmaker” de Ken Schramm, de onde além de aprender muito sobre fermentação de hidromel e bebidas, tiramos e adaptamos essa receita.
Segue o link para o livro: https://amzn.to/3BKHylN